Trump oficializa tarifa de 50% sobre o Brasil e impõe sanções a Moraes

Donald Trump Crédito: Shutterstock

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) uma ordem executiva que impõe uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, elevando a taxação total para 50%. A medida, anunciada no início de julho, agora entra oficialmente em vigor e terá efeitos a partir de 1º de agosto. O governo norte-americano alega que ações do Brasil representam uma “ameaça incomum e extraordinária” à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA.

A decisão está baseada na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA), de 1977, e declara uma emergência nacional específica em relação ao Brasil. No texto da ordem executiva, o Supremo Tribunal Federal é citado diretamente, com o ministro Alexandre de Moraes sendo apontado como autor de medidas que violariam a liberdade de expressão e ameaçariam empresas americanas. Moraes foi incluído na chamada Lei Magnitsky, sendo alvo de sanções econômicas e proibido de entrar nos EUA.

A Casa Branca afirmou que continuará priorizando a defesa da liberdade de expressão e o apoio a empresas americanas contra o que chama de “repressão política estrangeira”. Em publicação nas redes sociais, Trump reforçou que o prazo para a entrada em vigor das tarifas é 1º de agosto.

No Brasil, os impactos já são calculados. De acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos da Bahia (SEI), o estado pode perder cerca de US$ 470 milhões (cerca de R$ 2,6 bilhões) em exportações no primeiro ano de vigência da nova tarifa. Segundo a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), cerca de 10 mil empregos estão sob risco, especialmente nos setores de celulose, pneus e cacau, que exportam fortemente para os EUA.

Com os produtos brasileiros ficando mais caros para os importadores americanos, a competitividade do Brasil no mercado internacional será afetada. Para a Bahia, onde as exportações aos EUA representam aproximadamente 1% do PIB estadual, o tarifaço representa um duro golpe econômico, ampliando tensões entre Brasília e Washington. fonte: Correio 24h

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