Foto: Sandra Travassos/ ALBA
Nesta terça-feira (28), a Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) aprovou por maioria o projeto de lei que concede um reajuste geral de 4% aos servidores públicos do estado. A decisão, no entanto, provocou indignação entre os trabalhadores, que alegam uma perda salarial acumulada de 35% nos últimos oito anos, conforme dados do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (Dieese).
A sessão de votação foi marcada por protestos dos servidores, que foram impedidos de acompanhar a deliberação nas galerias da ALBA por determinação do presidente da Casa, Adolfo Menezes (PSB).
“O governo não aprova os 10% porque não quer, não tem vontade política, está pouco se lixando para os servidores. Servidores, abram o olho. Todo ano é isso aí. Minha posição é contrária a esse reajuste vagabundo”, declarou o deputado estadual Diego Castro (PL).
O presidente da ALBA, Adolfo Menezes, justificou a decisão de restringir o acesso às galerias, citando o tumulto ocorrido na sessão do dia 21 de maio, quando a votação do reajuste estava inicialmente agendada. Menezes ressaltou que a decisão visava garantir a ordem e o funcionamento do Legislativo.
“Esta é a casa da democracia, mas também do trabalho. Os manifestantes puderam acompanhar a sessão nas salas das Comissões e no auditório, que estão equipados com telões. A TV Alba transmitiu tudo, ao vivo. O que está acontecendo hoje aqui não é uma ação, mas uma reação ao ocorrido na última sessão deliberativa, quando muitos parlamentares foram impedidos pelas galerias de exercer o direito de defender suas posições. Se o professor trabalha na sala de aula, os deputados devem ter a liberdade trabalhar no plenário”, defendeu Menezes.